NOVAS PLACAS









COLEIRO BADBOY

COLEIRO BADBOY
Prop.: DENILSON RUFINO
Associação: CBSA - Santo André/SP

O desafio de criar Curió



ENCARTAMENTO

Há uma grande diferença entre o Curió e o restante das aves silvestres reproduzidas em cativeiro no que toca ao canto. Na criação dos Curiós há um atenção mais do que especial para a forma como o Curió vai cantar; as notas de sua cantoria.

Há alguns dialetos de canto de Curió no Brasil, sendo os mais famosos o "Paria Grande", o "Paracambi", o "Florianópolis" e o "Vi-Vi-Téu-Téu". Destes, o mais divulgado e procurado pelos criadores é o "Praia Grande".

Mas não é fácil fazer um Curió cantar de uma determinada maneira. Este processo complicado se chama "encartamento", e no Curió ele acontece de maneira diferente.

Em pássaros como os Coleiros o encartamento é diferente, pois o canto Tui-Tui (o mais procurado pelos coleiristas) tem poucas notas. O encartamento do Curió é diferenciado e nós vamos tentar apresentar aqui as práticas utilizadas pelos criadores.

GENÉTICA

O criador de Curió deve tentar tirar filhotes com seu melhor "cantor", desta forma, pela genética, as chances de ele ter filhotes cantores são bem maiores. Quando vão começar suas criações, os criadores de Curió procuram adquirir casais de boa procedência (desta forma, eles não estão apenas comprando as aves, mas sim suas genéticas).

MESTRE

É desejável que um criador tenha um Curió já encartado em seu plantel. Este Curió irá servir como mestre para os Curiós mais novos. Os filhotes devem escutar o mestre, porém sem enxergá-lo (pois podem ficar intimidados). Um mestre cantando ao vivo é um grande diferencial em uma criação.

CD

Caso o criador não tenha um Curió mestre, ele pode se valer de um CD para que seus filhotes sejam encartados. O criador deve colocar o CD em um volume intermediário, de maneira que as notas sejam claras aos filhotes, mas que não os intimide. O CD também deve ser usado mesmo quando o criador tem um Curió mestre, pois nem sempre o mestre estará disposto a cantar.

ISOLAMENTO

Para que o Curió não tenha contato com o canto de outras aves, os criadores utilizam as cabines acústicas ou "cabines de vetorização". Elas tem isolamento de som, não permitindo que o Curió escute o que está aontecendo do lado de fora. Estas cabines possuem sistema de arejamento apropriado para receber o pássaro (além de contarem com um sistema de som que fica reproduzindo o CD do canto que o Curió deve aprender).

MANUTENÇÃO

O criador deve ter cuidado especial no que toca à manutenção do plantel. Isso significa separar aves que não estejam encartadas daquelas que já estão encaminhadas no canto certo (pois as aves que não aprenderam a cantar um determinado canto podem atrapalhar as que já estão sendo encartadas). A manutenção também é um processo difícil do encartamento, que exige bastante espaço.

Reprodução

Uma das prioridades dos criadores de Curió é a manutenção de uma boa genética em seu plantel. Para isso, eles fazem com que seus pássaros de melhor performance (seja de Canto Clássico ou Fibra), sejam seus reprodutores. Esta prática tem como intenção passar à geração seguinte as mesmas qualidades de um pássaro bem sucedido.

Desta forma, os criadores utilizam um mesmo macho para galar várias fêmeas. O desejo de todo criador é que os filhos deste macho reprodutor herdem suas virtudes.

Segue o procedimento que a maioria dos criadores adota:

Tradicionalmente, deixa-se o macho separado das fêmeas. As fêmeas ficam em criadeiras maiores, retangulares e o macho fica em uma gaiola separada. No tempo apropriado, o criador irá tentar o acasalamento. Este processo acontece da seguinte forma:

O criador deixa as fêmeas escutando o macho, para que se familiarizem com o galador. O criador pode ir mostrando o macho para as fêmeas por algumas vezes, para ver a reação de ambos.

Quando o criador notar que uma das fêmeas está abaixando ao ver o macho, é hora de juntá-los para a gala. O criador pode fazer um mesmo macho galar sua fêmea por alguns dias (ou trocar o macho). Mas neste segundo caso (trocando o macho) o risco é de não saber exatamente qual macho encheu o ovo da fêmea quando ela botar.

No caso de Curiós, não se costuma deixar macho e fêmea juntos (até porque - em vários casos - um macho é utilizado para várias fêmeas). Neste caso, são as fêmeas que vão cuidar dos filhotes. Se o criador possuir um único casal (regime de Monogamia), ele pode tentar deixar os dois juntos.

Para saber se pode deixar macho e fêmea na mesma gaiola, o criador deve deixar as gaiolas encostadas para ver se o macho dá comida no bico da fêmea. Se isso acontecer, o criador pode colocá-los em uma mesma gaiola (desde que haja espaço suficiente). Caso o acasalamento tenha sido feito em uma criadeira, o criador pode colocar a grade de separação depois que o macho galar a fêmea (para observar o comportamento de ambos). Caso eles se aceitem, o criador pode retirar a grade e deixá-los juntos.

Caso o criador tenha casais já formados de Curiós, ele pode deixar os dois juntos, para que o casal cuide dos filhotes. Mas a verdade é que nem sempre isto é possível; nem sempre ambos se aceitam.

Se o criador costuma oferecer sementes ao seus Curiós, que ofereça também abundância de complementos durante a época de reprodução (como Milho-Verde, Jiló, Couve, Pepino, Farinhada, Larvas de Tenébrio, etc.) Caso ele esteja tratando seus Curiós com ração extrusada, basta fornecer a farinhada e larvas como complemento.

O criador não precisa se preocupar em alimentar os filhotes (pois a fêmea irá fazê-lo). O passarinheiro só deve se preocupar com isso caso ele perceba que a fêmea (por alguma razão) não está dando comida aos ninhegos. Nestes casos, ele deve usar uma seringa apropriada para fornecer uma papinha para filhotes (comprada em casas especializadas ou sites de produtos para aves).

Uma outra alternativa de tratar filhotes não alimentados pela fêmea de Curió é colocá-los para serem tratadas por uma ama-seca. Esta opção é mais utilizadas pelos criadores que não tem tempo de dar comida no bico dos ninhegos. Muitos passarinheiros usam fêmeas de Canário (Canárius Sirenus) e de Azulão (Passerina Brissonii) para alimentar seus filhotes de Curió. Neste caso o criador deve passar os filhotes para uma outra gaiola (onde esteja a ama-seca).

Os criadores mais exigentes não gostam deste método, pois dizem que até as pialadas destas outras fêmeas (Canário e Azulão) podem atrapalhar na aprendizagem do canto do Curió. Mas esta é, sem dúvida, uma opção para que o criador não perca seus filhotes (caso tenha uma fêmea que não trata deles).

Coccidiose: Entendendo o Mistério!

Prezados leitores e amigos! Agora que estão todos com suas aves ganhando troféus conforme edição passada me volto a uma questão que nunca havia falado aqui. Eu trago hoje para vocês a verdade sobre a coccidiose. Aí vocês me perguntam vai ser a mesma historinha dos outros... eu digo a vocês que vocês serão surpreendidos pela verdade. Então trazendo de forma descontraída e irreverente estaremos hoje abordando a verdade sobre a coccidiose e verminoses.


Vamos separar o nosso bate papo. Vamos começar pelas verminoses. Vou tentar ser simples, ok. Sem muitas palavras difíceis. Uma ave pode ter verme propriamente dito que se dividem em nematóide e trematóides (redondo ou chato). O ciclo evolutivo da maioria dos vermes intestinais das aves necessita de um hospedeiro intermediário no ciclo que será sempre um invertebrado (minhocas). Então já começamos com a nossa primeira revelação: uma ave de gaiola dificilmente terá vermes. Por que isso Dr.?? Por que esses nematóides em quase sua totalidade precisam de um hospedeiro intermediário ou paratêmico para fechar o ciclo. Esses hospedeiros são normalmente minhocas de vida livre. Ora ora... então você concorda comigo que quem tem verme é ave de terreno (galinha, pavão, etc). Aí vem uma duvida terrível na cabeça de vocês. E o verme da traquéia que muita gente fala... eu nunca vi! Isso se dá pelo fato do seu Trinca Ferro não ir ao chão comer hospedeiro intermediário. Mas fulaninho me falou que todo Trinca tem... Enfim... e como agem esses antiparasitários?! Temos vermífugo que mata verme... as bases são muitas como o mebendazol, albendazol, febendazol e por aí vai. Ora, se eu estou falando que ave de gaiola não tem verme... porque dar vermífugo?! Enfim, comprovem fazendo exame de fezes em suas aves. Ave não é um cãozinho que toma remédio de verme de tempos em tempos. Vamos ser mais realistas e críticos. Vamos passar para o próximo raciocínio...


Então ave de gaiola não tem nada?!? Claro que tem. Tem Coccídeos! Esses coccídeos são divididos em uma série de espécies... em ordem de importância temos Isospora spp (90%) Eimeria spp (5%) e os outros (5%)... e porque a ave tem mais coccídeos!? Porque são de ciclo direto... a ave elimina o coccídeo nas fezes e este fica na gaiola e em média em 5 dias matura e vira infectante. Daí a ave se contamina de novo... perceberam porque a lenda de dizer que a doença está na gaiola existe... é verdade! Mas existem desinfetantes para isso (Amônia Quaternária). O segredo além de combater o protozoário de forma correta esta em desinfetar da mesma forma o ambiente em que sua ave vive.


Como você pode ver são inúmeras espécies de coccídeos e cada um se trata de uma forma.. Isospora é de uma forma Eimeria é de outra... enfim não adianta dar um remédio como preventivo entendeu!? Usar coccidiostático não mata o coccídeo... você faz apenas uma espécie de encistamento do coccídeo (bradizoíta). Se o animal passar por um stress os coccídeos voltam a uma fase de taquizoíta e causa doença de novo. Não estou dizendo que não uso... até uso, mas depende da clínica do animal, pois esses remédios agem de forma mais rápida e evita muitas vezes a morte do animal.



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Dr. Felipe Victório de Castro Bath
Médico Veterinário CRMV-RJ 8772
Especialista em Biologia, Manejo e Medicina da Conservação dos Animais Selvagens
Mestre em Microbiologia Veterinária pela UFRRJ

Tel.: (21)81014122/ (21)78795270
ID.:10*96860 / (21)22786652
felipebath@hotmail.com / www.niaas.com.br

FANTÁSTICO TRINCA-FERRO GREGO COM BOI

FANTÁSTICO TRINCA-FERRO GREGO COM BOI!

O MELHOR QUE EU JÁ VI!!